Imagine se pudéssemos olhar nossa vida do ponto de vista do momento em que morremos. Imagine se agora fosse esse momento: o fim.
O que ficou de nós na memória das pessoas que partilharam o nosso caminho? Que legado deixamos?
Fizemos a diferença no mundo? Fizemos a diferença na vida de alguém?
A beleza de estar vivo mora no que nos dispomos a doar a outro ser humano: nosso tempo, nossa companhia, nosso sorriso, nosso carinho, nossa atenção, nosso calor. E então, quando faltarmos, o que ficará nas pessoas que nos conheceram é um coração transbordante de afeto, uma doce lembrança que nutre a alma e engrandece o mundo, um afago carinhoso da memória da sua ausência.
Às vezes me sinto assim, com a alma doce e o coração transbordando.
Há pessoas na vida que têm esse encanto de fazer a diferença. Há os que já passaram por nós, mas deixaram um rastro de purpurina para trás, colada no peito; há os que nunca vieram, mas que soubemos de longe, que conhecemos por música, poesia ou arte, e cujas existências trouxeram brilho aos nossos olhos, sabor aos nossos beijos e aconchego ao nosso abraço. Quero ser como eles.
Um dia, quando você partir, vai olhar lá da frente para trás.
Tem gente que é diferente.
Tem gente que faz diferente.
E tem gente que faz a diferença.