
Admiro as pessoas que têm o dom de rir de si mesmas. Minha prima Aline faz isso muito bem e minha amiga Edina também.
São pessoas que não só riem de si mesmas, como também conseguem fazer os outros se divertirem com elas e seus trejeitos, seus pequenos defeitinhos, seus escorregões e suas gafes. Conseguem ser naturalmente engraçadas, sem esforço. Fazem piadas sobre si mesmas e têm um olhar cheio de humor para suas vidas, não para a vida dos outros.
Fazer outras pessoas rirem de nós mesmos é uma arte que demanda grande desprendimento e sabedoria. É preciso nos conhecer bem e ter um olhar distanciado da nossa própria vida. Algo como deixar o tempo rolar e nos enrolar fisicamente nas situações terrenas enquanto estamos sentados lá em cima, junto com a nossa consciência, nos observando com olhos de rir, se é que vocês me entendem.
Tem que estar atento.
Fazer piadinhas e gracinhas sobre a vida, os interesses, o jeito de ser dos outros é bom se queremos ridicularizar e ser inconvenientes. Esse tipo de graça, quando faz rir, provoca um riso nervoso.
Já o riso que nasce nos outros quando somos capazes de rir de nós mesmo é sincero, gostoso e cheio de admiração.