Eu ía para a Ilhabela no feriado da Páscoa.
Nós íamos sair daqui na quarta-feira. Íamos pegar os meninos na escola, almoçar na estrada, visitar meus sogros em Caraguá no caminho e rumar para a ilha em seguida. Meus filhos íam faltar na quinta.
Estava tudo certo. Que delícia!
Eu estava doida pra ver o mar, pisar na areia, sentir a energia daquela ilha mágica… Ahhhhh…
Mas, daí, marcaram prova e não pudemos ir mais.
Eu fiquei tão triste. Fiquei realmente muito triste.
Queria tanto ter ido…
E depois, ainda por cima, eu fiquei doente. Peguei dengue e passei o feriado todo muito mal, com febre, dor, gosto amargo na boca e muita coceira no corpo todo. Foi horrível.
As pessoas me diziam ‘ainda bem que você não foi viajar, já pensou ficar assim lá?’, e eu pensava ‘não, vocês não entenderam, se eu tivesse ido viajar, não teria ficado assim…’
Meu feriado foi muito chato. Nem vi a Páscoa.
Na verdade, não vi ninguém porque não saí da cama. E me senti muito sozinha.
O Mauricio estava todo ocupado estudando. O Nícholas e a Sá também estavam ocupados sendo adolescentes. E eu fiquei carente de atenção, de carinho, de aconchego, de companhia.
Meus pais me cuidaram.
Foi estranho.