
Com a idade que tenho, todo ano passo pelo meu cardiologista.
Dessa vez ele resolveu me pedir um exame de esteira e, quando o resultado ficou pronto, escutei escapar de sua boca: ‘humm, já foi melhor…’
Entendi o recado e resolvi não deixar a peteca cair. Entrei numa academia.
E ganhei de presente a avaliação física.
Hoje fui lá pra ser avaliada. Por um homem.
Me pegou despreparada…
Começou fazendo perguntas de anamnese e depois me levou pra balança pra me pesar – ai, meu Deus, tem certeza que a balança tá aferida? 3 kg a mais?! – e medir – péra, olha direito aí, nem um centímetro a mais?
Depois, voltando pra salinha, foi medir dobra cutânea – ah, não, por que não coloquei aquele top lindo que disfarça muito melhor a minha idade?
Foi apertando todas as minhas gordurinhas com um beliscador e anotando uns números no computador – incrível, ele achou todas, até as que eu mais escondi… ahhhhh, se eu tivesse tomado mais chá verde…
E, então, resolveu medir meu corpo inteiro. Inclusive minhas panturrilhas! – sabia que eu devia ter depilado as pernas antes de ir…
Me levou pra esteira e me mandou correr. Corri tão empertigada que nem senti aquela dor no joelho que me acompanhou nos últimos dias, nem o tênis desamarrado, nem a chave do armário que saiu voando enquanto eu corria.
Por fim, o diagnóstico: ombro esquerdo levemente mais alto que o direito, um pouquinho de hiperlordose e 2% de gordura corporal acima do ideal.
Só. O resto está uma maravilha.
Até que, apesar de tudo, não me saí tão mal assim.
Mas é melhor passar pelo menos um perfuminho da próxima vez, hahahaha.